segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tortura



Torturo-me, fico preso em algo meu
A tristeza fica e a alegria adormeceu
Fixo em algo amedrontador, nem chorar consigo
Algo me afronta, sinto no ar um aviso

O timbre da sua voz muda
O timbre do meu medo não ajuda
O timbre da minha voz no “me acuda”
E quando falo, fica muda

Torturo-me com tudo que sinto
Com coisas em minha mente que pressinto
O meu eu já não garante nada
A lagrima seca, pois também está torturada

Rodrigo Ramos Palauro

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